Colaboradores

A minha História

Este blog foi criado em setembro de 2007, aproximadamente um ano e meio após meus pais me resgatarem, quando eu tinha um ano, graças a denuncia do zelador do antigo prédio em que eu morava. A minha mãe não sabia como eu era ou estava, o que ela queria era acabar com o meu sofrimento, e meu pai a apoiou . Eu tinha muitos traumas, e a minha saúde estava péssima, mas com paciência, carinho e amor eles reverteram o cenário.

Quando tudo já estava “tranquilo” em nosso novo apartamento adaptado para mim, chegou a minha irmã Pantera Negra, que foi encontrada vagando pelas ruas com aproximadamente dois anos de idade, e tivemos que mudar mais uma vez. Suas condições de saúde também eram péssimas, mas também revertemos este quadro, e com o passar do tempo descobrimos que possuía duas doenças genéticas.

Além de conhecer estas histórias vocês terão outras trocas de experiência baseadas nas nossas vivências, as vezes boas, as vezes não, e informações sobre o mundo canino aqui. Boa leitura!

Maximiliano Neves Roig

sábado, 2 de janeiro de 2010

Nosso Réveillon em família

Eu pacientemente aguardando 2010... bonitão, né? Fala sério, capa de calendário da Playdog


Minha irmã em baixo da asa da nossa Vovó Lene. É impressionante como ela é puxa-saco.


Eu e meus Tios tomando conta dos flanelinhas lá em baixo. ´Vocês não imaginam como toda a Zona sul do Rio, em particular as áreas que estão mais próximas da orla, se transforma na sede mundial dos flanelinhas. É uma loucura, até porque as empresas que exploram os estacionamentos particulares cobram de R$30,00 a R$180,00 a hora no período do réveillon.


Papai cuidando da comida da família, e a minha irmã cuidando da comida.



Nossa família... bom... tá faltando o Vovô Maurilio, a Tia Regina, o Vovô Virgilio, a Vovó Pepa, a Tia Adriana, a Tia Carmem, o Primo Cerdito, a Prima Gato, o Tio Peter...


Cuidado com a sindrome da dominância, nem tudo é o que parece

Eu acho super legal programas como “Ou Eu ou o Cão”, O Encantador de Cães” e “Dr Pet”, por exemplo, o problema é que agora os profissionais do ramo, incluindo os médicos veterinários, passaram a resumir tudo como “dominância”, e parece que esqueceram que muitos cães também podem possuir PROBLEMAS NEUROLÓGICOS, assim como os humanos, passiveis de serem tratados com medicamentos, como gardenal, carbamazepina e outros. Tais doenças possuem sintomas que podem ser confundidos, quando isolados, com dominância, como, por exemplo, aparentemente surtos inexplicados de violência.


Recentemente nossa família passou por um drama deste tipo. Com frequência nossa Mãe procurava ajuda para minha irmã com profissionais da área, e sempre que ela começava a explicar o que estava acontecendo TODOS, sem exceção a interrompiam, diziam que era problema de dominância e vinham sempre com as mesmas fórmulas ao melhor estilo César/Victória. Mesmo ela afirmando acreditar se tratar de algo neurológico.


Até que um dia a Mamãe falou pro Tio Libonati que queria uma tomografia da minha irmã, sem entrar em detalhes. Aí o Tio Libonati quis saber o porque, depois de muita conversa ele chegou a conclusão que ela tinha epilepsia, e recomendou um neurologista. Mas ainda assim a a Mamãe gravou todas as crises da minha irmã, pois não queria correr o risco de passar por outra decepção, com outro profissional, e o Papai a apoiou em todo este processo, que graças as filmagens como prova, foi confirmado o diagnóstico pelo neurologista.


A união da nossa família foi fundamental no processo: eu evito confrontos com a minha irmã, minha mãe diz que eu sou um irmão maravilhoso, e nossos Pais a amam muito e não desistiram dela. Ela é uma vitima da ganancia humana, agora, mais do que nunca, sabemos o porque dela ter sido abandona nas ruas, possui duas doenças de origem genéticas tipicas de cães de raça pura, que foram cruzados exaustivamente entre si, nos chamados cruzamentos consanguíneos (irmãos com irmãos, filhos com pais, e netos com avós) em detrimento da manutenção da pureza da raça: a displasia e a epilepsia. Este endocruzamento, tão valorizado pelos Kennel Clubs, não representa amor pelas raças que eles representam, como eles dizem, mas demonstra vaidade, ganancia, e menosprezo por nossas vidas caninas.


O endocruzamento entre cães gera uma prole frágil, pois aumenta a possibilidade de genes raros recessivos se manifestarem no organismo. Há mais de 500 doenças genéticas conhecidas nos cães relacionadas à baixa variabilidade genética entre as raças. E além das doenças genéticas as características estéticas comprometem a qualidade vida do cães. Vejam o crime que estão fazem com o dachshunds, eles quase não possuem mais pernas! Os rhodesian ridgeback para serem considerados padrões raciais devem ter uma faixa saliente no dorso, logo uma espinha bífida, se eles nascem sem a crista são mortos pelos criadores comerciais. Não ajudem a "indústria dos animais de estimação", cães sem as características raciais “dentro do padrão” ou com “imperfeições” são mortos, ou abandonados como a minha irmã. Não somos um produto que necessita de grau de pureza, somos seres vivos e devemos ser respeitados como tal.