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A minha História

Este blog foi criado em setembro de 2007, aproximadamente um ano e meio após meus pais me resgatarem, quando eu tinha um ano, graças a denuncia do zelador do antigo prédio em que eu morava. A minha mãe não sabia como eu era ou estava, o que ela queria era acabar com o meu sofrimento, e meu pai a apoiou . Eu tinha muitos traumas, e a minha saúde estava péssima, mas com paciência, carinho e amor eles reverteram o cenário.

Quando tudo já estava “tranquilo” em nosso novo apartamento adaptado para mim, chegou a minha irmã Pantera Negra, que foi encontrada vagando pelas ruas com aproximadamente dois anos de idade, e tivemos que mudar mais uma vez. Suas condições de saúde também eram péssimas, mas também revertemos este quadro, e com o passar do tempo descobrimos que possuía duas doenças genéticas.

Além de conhecer estas histórias vocês terão outras trocas de experiência baseadas nas nossas vivências, as vezes boas, as vezes não, e informações sobre o mundo canino aqui. Boa leitura!

Maximiliano Neves Roig

domingo, 21 de outubro de 2007

O Manolo é 10


Ontem fui pra balada, cai na noite, bebi todas... da garrafinha de água que a minha Mãe carrega quando eu saio. Foi muito maneiro! Eu e os meus pais fomos encontrar com a Tia Carol, que agora mora em Sampa, no Bar do Manolo, aqui em Botafogo.

O Manolo não é preconceituoso. Lá eles aceitam todos os seres da fauna e da flora interplanetária. É um lugar de paz e amor, aonde agente vai pra curtir os amigos e bater papo.

A mamãe diz que o Brasil sofre um atraso cultural secular, ao não permitir que nós de espécimes diferentes da humana possam usar o transporte público, por exemplo, cerceando o nosso direito de ir e vir, ou entrar em comércios.

Ela fala que em Paris nós não teríamos problemas, eu poderia andar de trem, metro, ir ao café com ela e com meu pai. Ela também diz que lá as pessoas são conscientes, e pegam o coco de seus filhos-cães nas ruas. Existem muitos parques para passear e são gradeados, nós podemos brincar sem riscos. As pessoas são gentis. Há arte por todos os lados, não só nos museus e nos teatros, mas pelas ruas de graça. Ela gosta muito de lá. Ela sempre fala pro meu pai que só trocaria o Rio por Paris.

Foto tirada pelos meus Pais, em Paris, do do caminhão de lixo


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