Bom, eu entendo (Entendo nada!) que é trabalhosa, precisa atender todas às exigências nutricionais, o que significa cerca de 50 nutrientes essenciais (proteínas, fibras, gorduras, minerais e vitaminas) o preparo tem que ser balanceado, o cozimento deve ser muito bem feito, e ainda há o risco de estragar facilmente no comedouro qdo exposta.
Aí, só nos resta ( Sim, irmãos caninos, NÓS!) as rações que já estão prontinhas, né? Aquelas bolotinhas, cor de serragem... humpf... fazer o quê... a saúde em primeiro lugar... amar é também saber dizer não... Mens Sana in Corpore Sano... sniffffffffffffffff... BUAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Papais de plantão, se vocês são adeptos do preparo da alimentação em casa ou da alimentação natural canina, também conhecida como Dieta BARF, procure o médico veterinário, e peça orientação quanto ao balanceamento e lembrem-se: temperos como pimenta e sal são prejudiciais pra nós, assim como batata, pão, cereais crus, repolho, cebola, alho, nabo, ovo cru e resíduos muito ricos em tendões, ossos cozidos também não pode, pois eles são quebradiços e podem até nos matar.
Também tem uma substância chamada xylitol, um substituto do açúcar que contém menos calorias e que está presente em bolos, biscoitos e doces, que, em 2006, o APCC - Animal Poison Control Center (Centro de controle de envenenamento de animais) recebeu mais de 200 casos de envenenamento. Fiquem atentos, pois novas substâncias prejudiciais estão sempre sendo descobertas pelos pesquisadores.
Alimentos proibidos:
Alho: o alho destrói as células vermelhas do sangue dos cães e pode causar anemia e, em casos mais graves, falência renal por perda de hemoglobina;
Cebola: semelhante ao alho, a cebola, é prejudicial às células sanguíneas dos cães. A diferença é que causa danos cumulativos à hemoglobina, causando pequenos danos irreversíveis que vão se acumulando com o tempo até o dia em que os sintomas aparecem;
Uvas e passas: podem causar falência renal em cães;
Noz-macadâmia: causam tremores e paralisia temporária nas patas trazeiras dos cães;
Café: a cafeína acelera o coração, pode causar taquicardia e ataques cardíacos;
Bebidas alcoólicas: como nos humanos, o álcool diminui as funções cerebrais, mas de forma mais agressiva, pois os cães são mais sensíveis a ele, pequenas quantidades de álcool podem levar ao estado de coma;
- Chocolate: ver postagem anterior.
Dieta BARF - Bones and Raw Food
Criada pelo médico-veterinário australiano Ian Billinghurst. Difundida em países como EUA, Canadá, Austrália e alguns países europeus. Contém carne crua fresca, ossos, vegetais e legumes orgânicos. Não possui corantes, conservantes e grãos. Causa polêmica entre médicos-veterinários que discordam dos benefícios, pois a consideram perigosa devido ao risco de contaminação pela carne crua.
Alimentação de cães
Fonte: AMICI
Por Priscila F. Brabec - Promotora Técnica amici.
Introdução:
Em um estudo feito pela Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais (ANFAL), constatou-se que existe cerca de 21 milhões de cães com endereço fixo no Brasil, a segunda maior população do planeta. Destes, 34% são alimentados com ração industrializada.
A evolução dos hábitos em favor dos alimentos industriais está associada a um conjunto de fatores cada vez mais difundidos: alimentação sadia, equilibrada, com grande variedade de produtos disponíveis no mercado e principalmente a praticidade.
Os alimentos comerciais para animais de estimação são divididos de acordo com a segmentação comercial instituída pela própria indústria, não caracterizada ou contida em nenhuma lei do ministério da agricultura, pecuária e abastecimento. Geralmente os alimentos são divididos em: Popular, Premium e Super Premium, sendo que a diferença entre eles baseia-se na qualidade, tipo de matéria prima, concentração de nutrientes, características do rótulo e preço.
Geralmente se dá grande importância à qualidade nutritiva que o marketing da indústria faz de seu alimento, porém informações essenciais e importantíssimas como composição e digestibilidade são limitadas ou nulas no rótulo dos produtos, sendo que esses dois itens são de grande importância para saúde e bem estar do animal.
A digestibilidade tem uma importância crucial, pois ela mensura a absorção dos ingredientes contidos no alimento. Ela varia de acordo com a matéria prima usada na fabricação do mesmo, por isso devemos ficar atentos na composição do alimento, uma vez que alguns ingredientes não são digeridos pelas enzimas gastrointestinais do cão.
Sem a digestão não há a absorção e assim, diminui a digestibilidade do alimento.
O objetivo deste trabalho é comparar a digestibilidade da matéria seca, proteína bruta, matéria mineral, fibra bruta e extrato etéreo em dois alimentos diferentes para cães adultos em manutenção, sendo um considerado Popular e o outro Super Premium.
Materiais e métodos:
Foram utilizados dois grupos de animais (A e B), cada um com 6 cães adultos em manutenção, com pesos semelhantes e independentes do sexo, já que Veronezi (2003) apud Kienze e Rainbird (1991), em seus estudos, comprovaram a não influência do fator sexo no requerimento energético.
O grupo A recebeu o alimento considerado super premium e o grupo B recebeu o alimento considerado popular.
Foi feita uma adaptação de 5 dias entre os alimentos antigos e os alimentos "teste" e após a adaptação, os cães foram alimentados com os respectivos alimentos por mais 5 dias.
A quantidade de alimento para cada animal foi a seguinte:
Grupo A
Animal 1 – 115g/dia
Animal 2 – 205g/dia
Animal 3 – 190g/dia
Animal 4 – 150g/dia
Animal 5- 180g/dia
Animal 6 – 210 g/dia
Grupo B
Animal 1 – 115g/dia
Animal 2 – 205g/dia
Animal 3 – 190g/dia
Animal 4 – 150g/dia
Animal 5 - 180g/dia
Animal 6 – 210 g/dia
Durante os 5 dias as fezes eram recolhidas na parte da manhã e a tarde, pesadas e congeladas.
Após os 5 dias, as fezes foram descongeladas, pesadas e colocadas na estufa à 65ºC por 48h, sendo pesadas posteriormente.
Para análise laboratorial das fezes e dos alimentos, ambos foram moídos.
Foram feitas as seguintes análises: proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra bruta (FB), matéria mineral (MM) e com essas análises calculou-se o extrativo não nitrogenado (ENN), matéria seca (MS) e % de digestibilidade.
Resultados:
Os resultados foram analisados através do programa computacional Statistical Analysis System (SAS Institute Inc., 1985), sendo anteriormente verificada a normalidade dos resíduos pelo Teste de SHAPIRO-WILK (PROC UNIVARIATE) e a homogeneidade das variâncias comparadas pelo Teste QUI QUADRADO (Comando SPEC do PROC GLM). Os dados foram submetidos à análise de variância (PROC GLM), onde se avaliou o efeito do tipo de alimento fornecido sobre o consumo diário e os coeficientes de digestibilidade aparente da MS, PB, MM, EE, FB e ENN, sendo, em seguida, utilizado o teste de comparação de médias TUKEY. Foi adotado o nível de significância de 5% para todas as análises realizadas.
Não houve diferença em:
1) Média do consumo de alimento por animal ao final dos cinco dias.
Grupo A – 1.400g
Grupo B – 1.362g
2) Digestibilidade da Matéria Mineral (MM)
Grupo A – 40,64%
Grupo B – 32,82%
HOUVE diferença significativa na digestibilidade de:
1) Proteína bruta (PB)
Grupo A – 87,05%
Grupo B – 74,11%
2) Extrato etéreo (EE)
Grupo A – 92,27%
Grupo B – 83,06%
3) Fibra bruta (FB)
Grupo A – 36,54%
Grupo B – 19,25%
4) Extrativo não nitrogenado (ENN)
Grupo A – 90,66%
Grupo B – 81,02%
5) Matéria Seca (MS)
Grupo A – 85,48%
Grupo B – 74,11%
6) Média de Consumo X Excreção (fezes).
Grupo A
Consumo: 1.400g
Excreção: 630g
Ou seja, 55% de absorção dos nutrientes e 45% de excreção.
Grupo B
Consumo: 1.362g
Excreção: 1.075g
Ou seja, 21% de absorção dos nutrientes e 79% de excreção.
Conclusão:
Conclui-se que o alimento considerado super premium possui uma maior digestibilidade quando comparado ao alimento considerado popular, sendo assim, é importante alimentar o cão com um alimento de alta digestibilidade para que ele tenha uma maior absorção dos nutrientes.
Tipos de rações/marcas no mercado
Super-premium
| Premium
| Standard
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