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A minha História

Este blog foi criado em setembro de 2007, aproximadamente um ano e meio após meus pais me resgatarem, quando eu tinha um ano, graças a denuncia do zelador do antigo prédio em que eu morava. A minha mãe não sabia como eu era ou estava, o que ela queria era acabar com o meu sofrimento, e meu pai a apoiou . Eu tinha muitos traumas, e a minha saúde estava péssima, mas com paciência, carinho e amor eles reverteram o cenário.

Quando tudo já estava “tranquilo” em nosso novo apartamento adaptado para mim, chegou a minha irmã Pantera Negra, que foi encontrada vagando pelas ruas com aproximadamente dois anos de idade, e tivemos que mudar mais uma vez. Suas condições de saúde também eram péssimas, mas também revertemos este quadro, e com o passar do tempo descobrimos que possuía duas doenças genéticas.

Além de conhecer estas histórias vocês terão outras trocas de experiência baseadas nas nossas vivências, as vezes boas, as vezes não, e informações sobre o mundo canino aqui. Boa leitura!

Maximiliano Neves Roig

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Acabando com qualquer as crise de identidade! 3

A parada é a seguinte: os meus ancestrais lutaram com Atila, O Rei dos Hunos, e com Gengis Khan, o maior conquistador da história, e eu tenho nome de general romano. E tenho dito! E chega de “E” nesse parágrafo!

Os cães domésticos existem há mais de 40.000 anos, comparando aos 1,8 milhão de anos dos humanos. E Ninguém sabe onde nós surgirmos, mas novas pesquisas com DNA indicam que foi na China, onde três fêmeas iniciaram uma linhagem.

Hoje há mais de 350 raças caninas, sem falar nas que não são reconhecidas pelas entidades de cinofilia. E não sabem exatamente quando surgiu a maioria das raças. O que não é o meu caso, pois conforme evidências em testes de DNA, existem oito raças ancestrais de cães, bem próximas aos lobos: Chow Chow, Shar Pei, Basenji, Husky, Malamute do Alasca, Galgo Afegão, Siluki, Shiba Inu e Akita. A maioria das outras raças são geneticamente muito parecidos para que possam deduzir como se desenvolveram. Viram? Sem crises!

Ao longo de milhares de anos, muitas raças foram cruzadas entre si repetidamente, o que gerou a diversidade. Alguns de nós são tão diferentes que nem parecemos ser da mesma espécie! Desde que nós nos tornamos companheiros dos humanos, começaram a nos cruzar com características que lhes eram interessantes. Os Romanos, por exemplo, faziam cruzamentos entre meus primos para torná-los fortes, inteligentes e territoriais e guarda as suas casas e servir na guerra. Já os espanhóis usavam os meus primos galgos para conquistar o Novo Mundo. No século 13 os chineses nos usavam como guias para cegos.

Em 1905, havia 76 raças. Em 2003, esse número cresceu para 201 raças. Só no Brasil há cerca de 21 milhões de cães com endereço fixo no Brasil, a segunda maior população do planeta, segundo pesquisa feita pela Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais (ANFAL). E Cães de raças misturadas (SRD – Sem Raça Definida) não são inferiores aos cães de raça pura. Na verdade, os mestiços vivem uma vida longa e saudável, muitas vezes mais que os puros criados através de gerações.

Meus ancestrais

A história da minha raça indica que há proximidade entre os meus ancestrais dos cães mongóis. O território ocupado pelos Ainos, povo da região Ártica, foi invadido pelos hunos, tártaros e mongóis, que usavam caninos grandes e ferozes, os Molossos, para guardar o acampamento, tração, caçar e intimidar o inimigo. Ai com a ocupação rolou uma cruza, né? Ops! É óbvio que os meus ancestrais não eram de ferro... então, muita paz e amor, mais amor que paz, reinou entre os molossos dos nômades e os cães árticos dos ainos.

Bom, aí, a minha "galerinha" invadiu a China. E do século II A.C. até meados do século XIX, ninguém falou da "galera paz e amor", nem tanto na época da tomada, mas são citados no livro dos Ritos sobre a chegada do "Cão Tártaro". Oh, nós aí gente! O ideograma que simboliza o cão, existia nas escrituras chinesas primitivas, provando que apesar dos meus antepassados não serem chineses faziam parte de suas vidas. Foram companheiros dos imperadores manchús e da aristocracia. Nós, digo, os cães da minha raça, Chow Chow, (fui presunçoso agora) eram também cães guardiães, pois a aristocracia Ts'ing possuía cães que serviam para a guarda.

O fato de sermos uma categoria de cão de combate, além de companhia, permitiu a conservação da nossa raça, tendo existido na China, no século XIX, canis tradicionais de Chow-Chows destinados à luta. A minha raça evoluiu nas mãos dos criadores ingleses do século XX, mas não deixamos de ter as nossas características originais. A evolução só acentuou alguns traços sem modificar muito a nossa silhueta com relação aos nossos antepassados


Gengis Khan

Gengis Khan

No final do século XII os Turcos já não mais habitavam a Mongólia, e essa era dividida em diversas tribos compostas por clãs. Dentre essas tribos, as mais importantes eram os Tártaros, os Keraites, os Markites, os Naimanes, os Quirquizes, os Mongóis, os Oiratesos e os Tunguzes, etnia de menor expressão. Os Keraites, os Tártaros e os Naimanes, dominavam as demais. Na Mongólia, estava começando a ocorrer uma nova situação política dentro das tribos. Os clãs se tornavam cada vez mais independentes e poderosos gerando um Feudalismo nômade. Foi nesse período que nasceu , Gengis Khan, que se chamava Temudjin, e era filho de Yasugai, chefe do poderoso clã Borjingin, vassalo da tribo dos Keraites. A unificação da Mongólia ocorre quando, após obter sucesso controlando sua própria tribo, Temudjin retoma as guerras contra as outras tribos Mongólicas. Entre 1204 e 1206, todas as grandes tribos das Estepes já haviam sido conquistadas por Temudjin. O que não significava que havia unido as tribos derrotadas à sua, mas dominado os outros Khans.

Em 1206, Gengis Khan reuniu os Khans derrotados e organizou o Quriltai, que o elegeu Khagan da Mongólia, ou seja, Khan dos Khans = Grande Khan: Gengis Khan, equivalente a Imperador. Uma sagração Imperial, visto que o grande Xamã Kokchu, proclamou: "Mongka Koko Tengri (Deus do panteão Mongol) acaba de nomear Gengis Khan como seu representante na Terra", elevando Gengis Khan a categoria de semi-divindade. Com isto seu clã, o Borjingin, foi consagrado e declarado como o Altan Uruk (Família de Ouro), e se tornou oficialmente o ápice da sociedade Mongol, estando os demais clãs submetidos a ele. Levando assim a unificação da Mongólia, com uma estrutura social na qual acima das tribos, chefiadas por seus Khans, estabelecia-se o país, governado pelo Khagan, e pela primeira vez, a Mongólia estava unificada sob um governante, com uma identidade. O nome adotado foi o de Tártaros, ou Mongóis. O nome Tártaros se deve pelo fato de ser a tribo mais numerosa, e Mongóis, acredita-se que começou a ser utilizado depois da conquista da China, pois era como os Chineses se referiam aos povos da Mongólia.

Depois de sua sagração Imperial, Gengis Khan se esforçou para submeter os últimos povos Mongóis que ainda eram independentes: os Oirates e os Quirquizes, feito operado entre 1206 e 1209. Conseguiu invadir Pequim em 1211. Quando morreu em 1227, Gêngis Khan dominava um império quatro vezes maior do que o de Alexandre,O Grande, o dobro do de Roma, maior do que qualquer nação atual à exceção da Rússia. Herói, gênio militar e semideus, é reverenciado na Mongólia como pai da nação. A sua vida como notável líder da História continua fascinando milhões de pessoas.

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