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A minha História

Este blog foi criado em setembro de 2007, aproximadamente um ano e meio após meus pais me resgatarem, quando eu tinha um ano, graças a denuncia do zelador do antigo prédio em que eu morava. A minha mãe não sabia como eu era ou estava, o que ela queria era acabar com o meu sofrimento, e meu pai a apoiou . Eu tinha muitos traumas, e a minha saúde estava péssima, mas com paciência, carinho e amor eles reverteram o cenário.

Quando tudo já estava “tranquilo” em nosso novo apartamento adaptado para mim, chegou a minha irmã Pantera Negra, que foi encontrada vagando pelas ruas com aproximadamente dois anos de idade, e tivemos que mudar mais uma vez. Suas condições de saúde também eram péssimas, mas também revertemos este quadro, e com o passar do tempo descobrimos que possuía duas doenças genéticas.

Além de conhecer estas histórias vocês terão outras trocas de experiência baseadas nas nossas vivências, as vezes boas, as vezes não, e informações sobre o mundo canino aqui. Boa leitura!

Maximiliano Neves Roig

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Estamos tristes

Pois é... têm mais ou menos umas três semanas a minha irmã acordou mancando, era um domingo, não parecia nada muito grave, mas como no decorrer do dia não passou meus Pais levaram ela no Tio Ricardo, segunda-feira. Ele examinou, fez todos os procedimentos padrões e ela não demonstrou dor, apesar de continuar mancando. Ela faz o tipo durona, entendem? COMO NÃO PARECIA SER NADA GRAVE, o Tio Ricardo acreditou ser uma luxação, e passou tintura de arnica para ela beber, o mesmo tipo de medicamento que a nossa Mãe tomava quando era criança, Avó dela sempre preparava quando aconteciam as travessuras. Tomou por cinco dias, com descanso total, na verdade a segunda parte foi a mais dificil ela ficou sem fazer as caminhadas de uma hora, mas continuava brincando comigo em casa. As semanas passaram e ela continuou mancando. Ligamos, então para o Tio Ricardo e ele pediu o Raio X da perna.

Uma coisa nos chama a atenção: ela sempre está bem disposta para correr, brincar, pular, mas é quando caminha que percebemos o problema, e ao se sentar, pois não consegue firmar a pata no chão.

Fizemos o exame no sábado e pegamos o resultado na mesma hora. Sim, fizemos, pois fomos todos para a tal clinica especialista em chapas deste tipo, eu não pude entrar na sala de Raio X, mas fiquei do lado de fora com a minha Mãe, enquanto o meu Pai entrava com a minha Irmã.

Nesta segunda que passou o Papai não conseguiu conversar com o Tio Ricardo sobre o Laudo Radiografico, então hoje a Mamãe ligou pro Tio Libonati e eu pude ouvir, e entender porque ela chorou com a Vovó quando elas se encontraram fora do carro, depois que saimos da clinica: a minha irmã está com displasia de cotovelo com alterações osteoartrósicas precoces moderadas por não união do processo ancôneo. Eu não sei o que é isso, mas eu escutei na coversa deles por telefone que o Tio Libonati vem hoje buscar as chapas para levar pro Tio Angelo, que é um cirurgião, pra analisar, mas que talvez eles possam tratar com acupuntura e fisioterapia com o Tio Max (?), pois a cirurgia é muito pesada para ela, e é preferivel uma alternativa. Bom... ainda não sabemos o que vai acontecer, mas esperamos que tudo de certo no final.



Displasia do cotovelo
Fonte: Hospital Veterinário Principal, Dra Cristina Alves

A displasia do cotovelo é uma designação generalista para o que na verdade é um conjunto de quatro patologias de desenvolvimento, indutoras de uma má formação da articulação do cotovelo que levam à degeneração da qualidade de vida do animal de um forma progressiva.

Tratam-se estas situações da osteocondrite dissecante(1), fragmentação do processo coronóide(2), desunião do processo ancóneo(3) e a incongruência articular (4) .

1- Osteocondrite dissecante

Ocorre geralmente em cães de raças g entre os 4 e 12 meses de idade. Na maior parte dos casos as articulações do cotovelo e ombro são afectadas, pois trata-se de uma degeneração da cartilagem. Subir escadas pode facilitar a sua deterioração. Os sintomas incluem desde uma coxear progressivamente mais gravde, movimento para o exterior da perna diminuição da extensão da passada.

2- Fragmentação do processo coronóide( predominante nos machos)

Durante a ossificação entre os 4 a 5 meses de idade esta patologia pode ser despoletada por um problema de crescimento ou excesso de peso. O excesso de cálcio na alimentação pode potenciar esta situação. Como já foi referido ocorre mais facilmente em machos de raças ditas gigantes como o S. Bernardo, Dogue Alemão, Rottweilers e mastins. Pode surgir em associação com a osteocondrite dissecante.

Fig 1

Cão com Fragmentação do processo coronóide

Exame Radiográfico( Fig 1)

Exame Artroscópico ( Fig 2)

Fig 2

3-Desunião do processo ancóneo

Ocorre mais frequentemente em raças gigantes embora ocorra com alguma frequência em raças pequenas: as causas são diferentes, nas raças gigantes durante a ossificação há uma degeneração da cartilagem, causando a desunião. Nas raças pequenas, deve-se a um desenvolvimento desigual que causa a fragmentação pelo desiquilibrio de esforço envolvido.Entre os 6 a 10 meses existe um inchaço do cotovelo, o animal coxeia e demonstra dôr no movimento.

4-incongruência articular

Trata-se de uma degeneração da cartilagem sem inflamação

A resolução é cirúrgica na maioria dos casos, recorrendo-se a mudanças na dieta alimentar do animal e a alterações restritivas nos processos de exercício dos mesmos.

Embora não exista uma obrigatoriedade de fazer despistes e não seja tão comum como a displasia coxofemural, é aconselhável que os cães afectados directamente pela displasia do cotovelo ou que tiveram crias com estas patologias não devem ser cruzados.

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